Diferença entre fissura, trinca e rachadura
- Gabriel Silva
- 31 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Conheça o termo correto para uma abertura que venha a aparecer na sua casa.

Você está fazendo uma ronda na edificação, então nota na parede um risco. Ao chegar mais perto, percebe que ele é na verdade uma rachadura. Ou seria uma fissura? Ou uma trinca? Pois bem, e qual destes termos está correto?De maneira resumida, os três.
Apesar de muitas vezes esses nomes serem utilizados como sinônimos, eles descrevem diferentes estágios de uma patologia.
1. Diferenças entre elas.
Apesar de serem diferentes, os nomes são muitas vezes trocados porque, em linhas gerais, essas aberturas são a mesma coisa: brechas que se estendem por paredes ou partes estruturais da construção, como vigas, pilares e lajes. Entretanto, o que difere entre elas é o “tempo de vida” e o tamanho da abertura em questão.
Para entendermos quais são as diferenças entre trincas, fissuras e rachaduras, precisamos primeiro compreender o que são cada uma delas.
Fissura: é o início de um possível problema. Ela corresponde a aberturas finas (de até 1 mm) e são alongadas. Na maior parte das vezes elas são superficiais e não são perigosas.
Trinca: quando a abertura aumenta para até 3 milímetros, essa fissura se transforma em uma trinca. Nessa etapa, a abertura divide estruturas, como paredes, em duas partes distintas. Elas também são mais profundas.
Rachaduras: esse estágio da abertura requer atenção imediata. É mais “fácil” de ser identificada já que por essas aberturas, com mais de 3 milímetros, podem passar o vento e a água da chuva.

Fonte:pinterest
2. Como saber se essa abertura está crescendo?
É importante se preocupar e ficar atento quando encontrar uma fissura na parede. Em alguns casos ela pode ser apenas superficial, mas essa conclusão não pode ser tomada sem embasamento técnico, isso porque ela também pode ser o aviso de um problema estrutural grave e, infelizmente, já tivemos notícias de desabamentos em construções com rachaduras.
Então, não menospreze os alertas que a edificação está dando.
Para identificar se houve evolução na abertura da parede, faça uma marcação com lápis nas extremidades da abertura, e meça com uma régua, anote a data da medição, e as medidas de largura e extensão da fissura. Após dez dias, repita o procedimento e observe se ela expandiu, seja em comprimento ou em largura.
Se a fissura tiver evoluído, procure um especialista imediatamente para lhe dar o direcionamento correto do que fazer para resolver o problema.

Fonte:suvinil
3. Causas desses aparecimentos.
Alterações químicas:
Quando cales e sulfato são modificados com a ação da umidade, hidratando e aumentando o volume, podendo dobrar o tamanho da estrutura.
Acomodação da estrutura:
Sempre que se constrói uma edificação há uma acomodação do solo e dependendo de como foi feita a fundação, uma parte da estrutura pode ceder mais que a outra.
Dilatação térmica:
Algumas partes ficam expostas ao sol, dilatam ou retraem mais do que outras, podendo assim causar rupturas.
Retração do material:
É a perda de água nas camadas de revestimento. Por exemplo, a tinta no período de secagem, ocorre à perda da umidade e assim ela retrai, seu tamanho é reduzido.
Infiltração:
Quando há algum vazamento ou má impermeabilização ocasionando a entrada de água da chuva, no caso do concreto a água penetrará e aos poucos atingirá a armadura de ferro provocando sua corrosão que ocasionará na pressão do concreto e daí o início das rachaduras.
Vibrações e trepidações:
Excesso de veículos trafegando na rua, elevadores, proximidades com obras e metrô são algumas razões para ocorrer as vibrações contínuas e assim causar as rachaduras e trincas.
Defeito na formulação do produto e erros na aplicação.
Sobrecarga de uso calculada inadequadamente;
Retirada de elementos de escoramento durante a fase construtiva;
Existem outros sinais e explicações, como problemas com o fluxo de água ou lençol freático, problemas de execução, problemas de projeto e muitos outros.
Mas deixamos aqui a dica: se você estiver com problemas e perceber que pode ser um risco, chame um especialista para fazer uma análise. Muitas vezes passam despercebidas, mas no geral, essas rupturas podem ser ou não um sinal grave. 99% dos casos são apenas problemas estéticos e não ocasionam em modificações estruturais, inclusive qualquer obra pode estar exposta a esta ação mesmo sendo tendo uma ótima estrutura.

Fonte:archdaily
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